terça-feira, 16 de junho de 2009

O começo, a promessa

Eu sempre afirmo que sou determinada. Digo que farei algo e, na maioria das vezes, eu realmente faço. Há muito tempo ensaio para esrever, mas esse ensaio não resulta em apresentação final. Dessa vez, vai ser diferente! (eita, clichê!!!) Vou começar a escrever diariamente. Qualquer coisa, mesmo que ninguém leia. Mas eu preciso saber que eu posso fazer isso.Não vou indicar assuntos e nem criar falsas expectativas. Só escreverei. E ponto. Tentar tirar um pouco das palavras que me sufocam de dentro de mim.Bom, vamos começar com diversão!!!Minha aluna acaba de me dizer que eu estava alegre hoje, pois deixei que eles conversassem a respeito de desenhos antigos... Antigos!!! Como se algo que passou há cinco anos fosse velho em comparação ao que eu assistia. Tenho muito medo de envelhecer. Aliás, isso já está acontecendo, basta estarmos vivos.Anyway...Eles falavam a respeito de desenhos antigos e eu me lembrei de como nós sempre idolatramos o antigamente em detrimento de hoje... Ah, eu era feliz... O que passava na televisão era mil vezes melhor do que esses desenhos de guerra e sem conteúdo. Será que a criança de hoje também vai pensar assim no futuro? "Ahhh... Antigamente que era bom... Eu assistia aos desenhos de bonequinhos sendo mortos e cabeças esmagadas na estrada..." Será?Mas sobre o que eu realmente queria escrever é o seriado que mais marcou a minha adolescência (ou infância? Não lembro, faz muito tempo...) que era "Super Vicky". Histórias de robôs, hoje em dia, não impressionam mais. Naquela época (pareço minha vó assim...) acompanhar a trajetória de uma máquina tentando se adaptar em uma família humana e demonstrando sentimentos era o máximo. Eu queria conhecer a Vicky, tirá-la do armário e lhe dizer que eu gostava muito dela, mesmo! Eu queria lhe dizer que você não era menos humana do que eu ou do que qualquer outra pessoa. Pelo contrário! Você era mais humana para mim do que meus colegas de escola. Eu não me lembro deles. Eu me lembro de você, Vicky!E só para garantir a magia dessa lembrança, aí vai o link de um episódio do seriado no Youtube. O envelhecimento é inevitável, mas o esquecimento não... E eu ainda me vejo como aquela garotinha, sentada no sofá, com um pacote de bolachas recheadas num prato, assistindo ao seriado e imaginando como seria bom ser amiga da Vicky. Como seria bom ser amiga. Como seria bom ser. Como seria bom. Como seria. Como?

Super Vicky

6 comentários:

NIvea Leto Hardy disse...

Falar que me identifiquei é pouco. Eu não tenho medo de envelhecer, mas não me lembro das minhas amigas, lembro dos meus ídolos porque nunca tive uma amiga (que deprê!). Mas tirando minha mãe e meu pai, não se pode dizer que eu tenho amigos de verdade fora um de infância. É por isso que gosto tanto dos ídolos e vc conseguiu expressar isso de forma inexplicável. Vou acompanhar seu blog sempre que puder!

Fernanda Alves disse...

Camilaaa!!! Amei seu texto, e me identifiquei muito sim. Numa parte de minha infância taém não tive amigas, era muito sozinha, até os 9 anos exatamente... e como eu amava os desenhos e séries que assistia. No meu caso eu AMAVA a Punk, a levada da Breca... e sonhava ter uma casa na árvore!!! kkkk
Tenho medo de envelhecer sim, mas faz parte da vida.
Beijos!!!

Anônimo disse...

Bom, pra falar a verdade esses fatos não fizeram parte da minha época. Nessa época eu já achava que "sair do armário" teria outro significado. Gostei do que li, confesso que no dia que você mostrou o blog eu estava quase dormindo na cadeira...rs e não prestei atenção (descupas). Pois bem, sou teu seguidor (assustador isso né?) Camila, ainda que seja o único nesse blog (acho difícil) maaaaaas estarei sempre aqui. Bjs

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Oscar Ferreira Neto disse...

Envelhecer. Tópico difícil de se escrever. Afinal, hoje 29 anos é considerado velho? Para os menores sim, para mim e para o pessoal da minha geração não.

Tempo bão que não volta nunca mais.

Bjos.

Oscar.

Hamilton disse...

Gostei especialmente das últimas frases... tem cheiro de poema concreto! Cheiro? Acho que tô ficando louco...