segunda-feira, 26 de abril de 2010

É cedo ou tarde demais...

Sinto saudades daquilo que não vivi
Sinto muita falta do que ainda não senti

Eu sei, parece eterna insatisfação
Mas é isso que eu pareço, uma aberração!

Não consigo me encaixar nesse mundo doente
Não consigo entender o que quer toda essa gente

Tento ensinar, mas nem eu mesmo sei o que fazer
Não sei o que pensar, o que falar, como viver

Agora, tenho mania de poesia
Uma tentativa de manter-me menos vazia

Nao está dando certo agora
Quem sabe eu volto? Quem sabe demora?

Preciso de outra coisa para me encher...

terça-feira, 30 de março de 2010

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Tento pensar positivo
entender que a vida é isso
e que se deve serguir em frente

Olho para mim, tudo tão esquisito
Nem compreendo por que existo
Se eu queria que tudo fosse diferente...

Logo eu, que achava ser velha demais
E agora, onde estão meus antigos ideiais?
Cadê a vida que sonhei para mim?

Não sei, só percebo que tudo parece sem graça
A arte é a verdade, a vida é uma farsa
E só resta esperar o fim...

Na verdade, tudo é tão perfeito
Eu que não me encaixo nesse momento
Eu que não paro de pensar

O que seria se eu seguisse outro caminho?
Será que realmente preciso de todo esse carinho?
Será que preciso mesmo sempre me autoafirmar?

Busco provas para um crime que nem cometi
Concedo-me punições por algo que nem mesmo senti
Como se fosse sempre me castigar

Como se fosse possível, escrevo para buscar minha redenção
Um alívio, um alento para toda essa aflição
Que eu não consigo deixar passar

E, num pequeno momento, esqueço e sinto esperança
Quem sabe, um dia, um instante, não apenas uma lembrança??
O momento já foi, a tarde acaba, a escrita expira
Um breve sussurro, uma ausência, mesmo que vazia
E tudo volta ao mesmo lugar.

sábado, 6 de março de 2010

Ilusão

Meu astral está totalmente baixo hoje. E isso me leva a escrever. Não de um modo irônico ou preocupado com a literaridade do que eu escrevo, apenas deixar que as palavras saiam da minha cabeça e cheguem até esse post. Não quero mais guardá-las, e esse é uma mensagem para a minha irmã...
Você nasceu inesperadamente, não estava programada. Durante anos, ri de você e dizia que não era minha irmã, que tinha sido encontrada no lixo. Você chorava, e eu achava engraçado. Mas será que você não se olhava no espelho?? Como você poderia ter sido apenas encontrada se sempre foi a cara do nosso pai??? Boba... Se você é diferente de mim, o que eu mais me lembro da minha adolescência é que você sempre foi muuuuito engraçada. Eu adorava ficar com você, sempre ria do que você falava e dizia, me divertia com as suas palhaçadas. Você sempre estava pronta para acompanhar quem quer que fosse, ajudar quem quer que fosse... Até na bondade você parecia com o nosso pai. Você era melhor do que a gente... Éramos egoístas, mimadas, achávamos que tudo girava ao nosso redor. Você, não. Olhava para o lado, era sensível, pensava nas coisas e nas pessoas.
O tempo foi passando e as coisas foram mudando. De uma maneira torta, você nos deu o maior presente que eu já sonhei ganhar nessa vida, o Sam. Só mesmo uma garota especial como você poderia ter um filho desses. Eu engravidaria hoje se eu pudesse ter certeza que o meu filho seria como o seu. Eu o amo tanto que até dói, assim como amo você.
Mas agora, onde você está? Quem é você?
Você não é a mesma garota que cresceu comigo, que me defendia quando alguém falava mal de mim ou fazia algo para me prejudicar. Você parecia me admirar e eu te admirava muito, mas agora eu não te acho mais. O que você está fazendo???? Você cresceu, e isso dói muito (acredite, eu sei beeeeemmm), mas é necessário encarar. O que as pessoas querem de você? O que você quer das pessoas? Se você quer amor, não precisa fazer de tudo por isso, me liga. Me ouve. Me olha. Eu amo você. Eu defendo você. Eu ajudo você. Mas cresce... Aquela que fazia o ambiente todo sorrir, sempre, hoje está nos fazendo chorar. E o nosso presente? Você quer prejudicá-lo?
Para.
Para tudo.
Você não precisa salvar ninguém para deixar essa pessoa grata e dependente de você. Você precisa voltar ao que era antes, minha chorona... minha linda... achada na rua, mas minha.
Por favor, volta para você mesma. Por favor, pense.
Antes que não tenha mais volta.
Estou te esperando.

segunda-feira, 1 de março de 2010

A vida é uma festa...

... mas eu não fui convidada.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Só sei que, por mais que eu tente, meu mundo imperfeito não chega aos seus pés. E estou cansada de me entristecer por isso.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Prisão

O início é sempre assim, me sinto numa prisão de tempo.
Parece que já estou correndo, nunca chego. Quero parar, mas não consigo. Nem eu, nem o limãozinho.
Que porcaria...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A mulher e o rato

A garota era apaixonada por ele. Muito apaixonada mesmo.
Ele sempre dizia que gostava muito dela. E gostava muito de outras coisas também... Praia, sol, amigos... e animais. Seu zelo pelos bichinos era comovente. Sentia-se corresponsável quando via um cão abandonado na rua e ficava triste por, algumas vezes, presenciar cenas de maus-tratos e não poder fazer nada para ajudar.
Ela também gostava de muitas coisas, mas era apaixonada por ele. Tentava demostrar a intenção de tornar o relacionamento mais sério. Mudou alguns hábitos, mudou-se para uma casa diferente e trabalhava mais. Indignava-se em passar por ele sem ser notada ou não ter os seus atos algum efeito mais contundente.
Ele a convidou para dar uma volta na praia. Andavam um ao lado do outro, cada um absorto em seus pensamentos. Ela, pensando no próximo ato: dar a mão a ele, continuar assim mesmo, discutir algum assunto banal... Ele, olhando a natureza e atentando a cada detalhe... dos outros, menos dela.
No meio do caminho, havia um rato. Um hamster, para dizer com mais exatidão. O animal estava machucado. Ele resolve ajudar. Ela tem pavor de ratos.
Ele sugere que levem o animal para a casa dela e cuidem dele. Ela aceita, com a intenção de criar um vínculo com ele. Afinal, agora eles terão algo juntos.
Os dias passam, e ele se encontra bastante com ela. Quer saber como está o hamster, cuida dele todo o tempo. O animal fica cada vez mais forte. Ela, cada vez mais solitária. Não quer ter contato com o rato, mas o vê como a ponte para ele. o animal ganha cada vez mais atenção. Ela, menos olhares.
Uma noite, ele chega ansioso. Decidiu: vai pedi-la em casamento. Assim, juntos, podem cuidar melhor do hamster. Toca a campainha, ela não atende. Insiste, telefona, toca o interfone. Nada... Ele acha estranho. Logo ela, sempre disponível para ele... Será que algo aconteceu com o rato???
Ele decide arrombar a porta. Encontra o hamster são e salvo, mais ativo do que nunca. Totalmente curado. Ela, morreu. De lectospirose.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Motivos do que não pode ser explicado...

Em uma de minhas últimas postagens, comentários anônimos diziam que eu era muito sentimental e fazia tempestade em copo d´água. Esse foi um dos motivos pelos quais parei um pouco de escrever. Se nem em meus momentos de expressão escrita, sozinha, no meu quarto, eu puder ser sentimental, onde eu vou ser?? Como deixarei aparecer tudo o que há em mim??
Peço licença aos anônimos que se retirem caso se incomodem com o excesso de sentimentos. Eu escreverei novamente.

Faz tempo...

Tinha parado de escrever.
Viver consome muito o nosso tempo... mas nem só de vida vive o homem... (no caso, a mulher)
E estou de volta... aos poucos, pois preciso dar uma pausa e viver de vez em quando.