sábado, 14 de janeiro de 2017

Ausência

Às vezes eu me esqueço de que você existe. A vida toma um ar tão ordinário que chego a pensar que a existência é essa tranquilidade aparente de quem anda pela rua numa manhã ensolarada de verão (Eu amo o verão). Sinto-me leve... e começa o incômodo. Como uma dor de cabeça que nunca passa, sua ausência se anuncia, como se eu não já tivera percebido antes. E essa ausência dói. Dói tanto que sinto vontade de gritar. Como uma criança, quero bater os pés no chão e exigir você perto de mim. Você lembra que um dia disse que parecíamos crianças? Querendo tudo e não aceitando as escolhas? Pois é, você tem razão. Sou como uma criança que quer gritar até ter o seu desejo atendido. Mas não posso. Então recolho o grito. Engulo. Sufoco. Esqueço por um instante, sinto-me ordinária novamente... e então vem a dor de cabeça completar o círculo vicioso da sua ausência.

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