segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pais e filhos

Depois que engravidei, começo a reparar na quantidade de mulheres grávidas que vejo passar nas ruas. Ou eu não reparava muito antes ou o número aumentou consideravelmente. Mulheres de diferentes idades passeiam exibindo suas novas formas por aí e, para seguirem a moda das redes sociais, compartilham e escrevem mensagens de amor a seus rebentos, já nascidos ou vindouros. O mais curioso é a hipocrisia disso tudo. Algumas não se preocupam muito com suas crianças mas escrem no facebook: "Meu filho, minha vida" e coisas do tipo. Será tão difícil de entender que ser mãe é muito mais do que um conjunto de palavras? O exemplo de vida vem das ações e não do que dizemos. O famoso ditado: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço" nunca foi eficaz. Como ensinar seu filho a ter valores e moral se você mesma não tem? Mudar o discurso não adianta se não mudamos os nossos hábitos ruins e se não passarmos realmente a perceber que já não somos mais atores principais no drama da vida, e sim coadjuvantes. "Meu filho é minha razão de viver, mas não posso deixar de viver minha vida por ele." Que contraste, não?
É importante pararmos para pensar no tipo de crianças que estamos criando, no adulto que queremos formar e a relevância de tudo isso para o tão sonhado futuro melhor. Ainda estou me formando como mãe e tenho certeza de que terei mais erros do que acertos, mas de algo eu não duvido: quero ser um exemplo, não de palavras, mas de ações.

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